=O ESPELHO=
“O ESPELHO”
Olho o espelho, me vejo um velho...
Pergunto: (O espelho não responde.)
- Hei! Ti conheço? Diz-me... D’onde?
-Por que moras no meu espelho?
-Estranho... Por que aí se pondes
Como um velho a me dar conselhos?
Vês-me tu como rapazelho,
Cuja máscara o tempo esconde?
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Repente emerso nos conformes,
Ciente que o tempo não dorme,
Deixo de lado o tom perplexo,
Num mergulho definitivo,
Nas águas do espelho passivo,
Reintegro-me ao meu reflexo.
Niterói, em 24 02.015
Ronaldo Trigueiros Lima
Soneto em “Octossílaba métrica”