PACIÊNCIA
 
Minha memória se esconde
em algum lugar, não sei onde.
Tempo subjetivo,
que não explica os motivos,
mas se assim é, tem que ser.
Só me cabe obedecer,
embora um tanto absurdo,
tapo os olhos, os ouvidos,
nada ouço, fico surdo.
Biografia sem dia,
já virou uma mania,
eu não consigo entender.
Aguardo, então, paciente,
que o futuro, ainda escuro,
venha aclarar minha mente.