Não há



Quando não consigo escrever,
não é por nada não,
é que a minha alma caiu num sono profundo,
não sei se triste, alegre ou sem razão de ser.
Cansou de voar com os pássaros
que inquietos, aos temporais,
voam em vão tentando sobreviver.
Daí deixo ela quieta,
às vezes a pobrezinha desiste
de querer ler o amor nos olhos do egoísmo,
Também perde a esperança
de retirar a frieza do abismo.
Ela sabe, que a dor é pra ser sentida, sem dizer.

 
_ Às vezes tudo me parece pequeno,
Tão fechado!
O quintal é só um quintal pelo luar iluminado.
Penso que os passos que ouço janela à fora,
Não passa de alguém
Sem rumo, no seu triste caminhar.

Deixo então esta alma dormir mais um pouco.
Quem sabe para sempre,
Acredito que não há um lugar nesta vida, 
Para esta alma
Que há anos mora em mim, pousar.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 07/10/2017
Código do texto: T6135438
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