O amor e a frieza no amor

Não me entrego aos teus caprichos

Sou ruim, sei disso

Sou uma fogueira perto do fim

Sou frio, sou cinza

Não me faça andar ao teu lado

A rua é grande, o mundo imenso

Eu te penso assim: o meio dia

Em meu relógio em abandono

Mas se me ama, peço-te calma

Peço-te sossego, peço-te prudência

Saiba desde o início que não mereço

Propósitos ou tanta consideração

Mas se me ama, acostuma-te

Com minhas ausências noturnas

Com minhas cegueiras diárias

Sou ruim, sabes disso

Mas talvez teu amor, se puro

Poderá salvar se não minha alma

Ao menos o sentido do meu corpo

Sou frio, como fogueira no fim

Milton Oliveira

04out/2017

milton antonios
Enviado por milton antonios em 05/10/2017
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