Brasa e o plantio

O vento leva a voz longe

Tão distante fazendo

Nesse instante.

A dor associa o tempo

Flor silvestre

Quem daria valor

O que não vai ao mercado

Seu nome conhecida

Rústica

Assim foi o amor

Que não rendeu lucro

Na harmonia

Não puxa a cadeira

Para dama sentar se

Nao afaga os cabelos

Da mulher

Pudera ela não seria amada

Não que exista conto de fadas

O amor não sabe lidar com

As armas da dor.

Foi pelo vento

E ainda aqui dentro queima

O fogo que se apagou

São brasas que teimam

Em levantar fogueira alta

Mas o vento

Da sua meia volta e apaga

Uma brasa

Aquecida ainda sente calor

Do amor que não ficou

Se um dia voltou

Foi para plantar dor.

Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 05/10/2017
Reeditado em 10/10/2017
Código do texto: T6133339
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