Meia duzia de livros comprados num sebo / E eu tentando entender... /
Os mistérios, nuances e imagens da poemologia.
No telhado dos teus abismos
Um verso tecido com loucura
Em teus olhos de ébano...
O reflexo da imortal armadura
Nesta abstração que te envolta
Um choro copioso...
Como cegar a esfinge?!
Que se apoderou de teus sonhos
E ainda ter que enganar o abadom
Para escrever com próprio sangue
Uma ode atrevida ao amor?
Um poeta caminha a ermo...
Nas entranhas do submundo
Ele segue sem temores ou reservas
Pois nasceu valente e revestido
Com a indelével poesia
Que de sua lume-alma
Não se cansa de jorrar
Feliz! Rende-se aos olhos do mundo
Quando no castelo da Musa
Um poema dionisíaco...
Em seu átrio fecunda!
Fabio Ribeiro