SELVAGEM

 




 
sou alma selvagem
corpo andando manso
vestido da poeira
que me ensina
a doméstica viagem

os olhos vestem
todo o verde
que faz a paisagem
que me invade o centro
pela margem

faço do meu corpo
vestido e domado
tudo ser só imagem

mas uma poça dágua
tinta de vermelho
coloca o selvagem
dentro de um estranho
espelho