Úrsula

No frio da sala acústica

curti devaneios crônicos

bebi aguardente rústica

seu corpo deixou-me atônito

Lindo par de peitos plásticos

na boca um sorriso tímido

ouvia o bom Rock clássico

olhar radiante e cínico

No rosto o semblante pálido

a dama do prostíbulo

"me teve" com um beijo cálido

Em troca meu beijo frívolo

Por um pequeno depósito

mordia meus lábios trêmulos

Um amor de despropósito

entrei no seu corpo pêndulo

E permanecia estática

eu sorvia a vontade esdrúxula

de dia se chama Fátima

Na noite lha chamam Úrsula.

Paulo Cezar Pereira
Enviado por Paulo Cezar Pereira em 02/10/2017
Reeditado em 24/05/2020
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