DESTRUÍ TUDO
Mau mundo mau,
olhe o que eu fui fazer;
destruí o mundo
sem mais, nem por quê.
Bombas; e mais bombas
foi só o que eu criei;
destruí tudo;
Tantos matei.
Crianças, jovens e velhos
não perdoei, e a ninguém poupei.
Mau, sou um animal
que não merece viver.
Em cima da terra
que me viu nascer
quero, quero morrer,
não tenho com quê.
Pois destruí tudo
que tinha no mundo.
Pó é o que restou.
Eu fiquei só.
Tudo Acabou. . .
Nova Serrana (MG), 1988.