VENTO
Vento, de onde vens ?
Sinto em ti o cheiro
do longínquo mar,
e notas de flores silvestres,
cheiraste por acaso o alecrim?
Fico a imaginar ó vento,
em quais lugares passastes.
Imagino-te a descortinar
a bela natureza do lugar
farfalhando o bambuzal
balançando os galhos da amoreira
soprando as nuvens rosadas
pelo sol ao matinar.
Tua vinda impetuosa, abriu
minha janela levantando
ao alto a cortina amarela
os meus cabelos, e até o vaso
sobre a pequena mesa, balançou.
Andas apressado?
Fica um pouco, esfria minha pele
areja meu ambiente
faz tua passagem frequente,
teu balouçar sacudir o dia.
Mas se tem pressa, leva
minha fragrância contigo
perfuma um lugar distante
transporta contigo a tristeza,
mas deixa a alegria em mim.