Quisera
Quisera
Ter o riso fácil espalhado pela cidade inteira,
colocando para dormir eternamente a mais antiga saudade,
esta minha eterna companheira.
Quisera
Que o meu eu, mais oculto, diferente,
de repente se revelasse,
Assim, de vez, minha pobre alma, quem sabe se aquietasse.
Quisera
Que um pensamento fosse leve, desarmado e tanto,
Que na ternura, o amor e a simplicidade,
de mãos dadas, voassem pelo ar sem se cansar,
espalhando a paz e sinceridade.
Quisera
Por toda esta única vida, aos seus olhos de poesia,
e de inocência;
De verdade, com toda paciência;
Não mais por este sentimento, sufocasse,
ou se rendesse,
Isto sim, seria para mim, felicidade.
_ Liduina do Nascimento