Terremoto

O chão avisa que não tem dono

Nos obriga a uma dança da morte

Nos passa uma sensação de abandono

De largados à própria sorte

Mas antes de ouvir: “Agora a Inês é morta.”

Escute e sinta o tremor que vem de dentro

Do terremoto que realmente importa

Em que o pulsar do seu coração é epicentro

Estruturas no chão

Desconstrução humildade

Verdade libertação

Para edificar potencialidades

Se o chão treme, seu pensamento é alado

Então pode dar de ombros

O impossível grita para não ser soterrado,

Mas ele que fique nos escombros