Eterno sem querer.
Tantos livros inciados e não terminados!
Outros tantos escritos e não começados.
Uns que sempre falam de saudades,
Outros do desejo fugaz de poder viver.
Porém, nenhum me diz onde está ?
O prazer que eu tinhas ao escrever.
Não está mais aqui dentro de mim!
Não era de fadas o conto, não escrevi.
Tantas presenças cheias de ausências!
Tantos diálogos em que ninguém diz nada!
Todos os caminhos não levam a nada,
De modo que tenho certeza que morri.
Mas, infeliz eu sou obrigado a viver.
E então como um meio de protesto.
Tenho vivido, mas veementemente detesto
O fato de nunca mais poder morrer.
Às palavras me fizeram eterno sem querer.
Uil.