TEMPO PRESENTE.
Sou ilhado, dois
mundos me circundam,
duas mãos me apertam,
uma segura meu passado,
outra me mergulha no presente,
bebo água
de dois extremos,
por entre cortinas me
desfaço,
enquanto minha sombra
se projeta, minha alma
observa a serena tarde,
oh tempos que me governam,
tarde efêmera de primavera,
nela meu corpo arde,
lá fora uma flor se exibe
para um Beija-flor,
meu corpo se espreme
entre passado e presente,
e assim me faço fugas
na imaginação.