MEUS DIAS BRANDOS
Oh que saudade que tenho
Daquela época de minha vida
Da minha infância querida
Que já não volta mais
Quanto encanto, quanta alegria,
Quanta vida e euforia
Naquele bairro, alegria é sempre mais.
Como eram bons os dias
Do despertar da inocência,
Respira a alma o desejo
De ter sempre uma flor,
Bela, perfeita e cheirosa,
Desperta em mim o fervor.
Casas simples, pessoas honestas,
Povo unido num céu de cor,
Azul tão belo- hino d’amor.
Oh que saudade que tenho,
Daqueles meninos correndo,
Das crianças se escondendo,
Titolé não se brinca mais.
O mestre mandou brincar, pois
A vida é alegria, vida que
Não teve os nossos ancestrais.
Os que saudade que tenho
Da juventude tão bela,
Recordar quão doce era
Acordar numa manhã,
Assistir TV globinho e ganhar beijo da mamã.
Que manhãs inesquecíveis
que afável minha infância era,
Mas a cada primavera,
Perde-se sua beleza.
As bobagens de agora,
Não recordam minha aurora,
Não é terno o alvorecer.
Crianças intelectuais,
Brincadeiras não se tem mais,
Perdeu-se o brilho da flor,
Tudo é passageiro,
E de janeiro a janeiro,
Diminui-se o fulgor.
OBS: Poesia feita para atividade pontuada, no intuito de desenvolver um poema que houvesse intertextualidade.