MEUS DIAS BRANDOS

Oh que saudade que tenho

Daquela época de minha vida

Da minha infância querida

Que já não volta mais

Quanto encanto, quanta alegria,

Quanta vida e euforia

Naquele bairro, alegria é sempre mais.

Como eram bons os dias

Do despertar da inocência,

Respira a alma o desejo

De ter sempre uma flor,

Bela, perfeita e cheirosa,

Desperta em mim o fervor.

Casas simples, pessoas honestas,

Povo unido num céu de cor,

Azul tão belo- hino d’amor.

Oh que saudade que tenho,

Daqueles meninos correndo,

Das crianças se escondendo,

Titolé não se brinca mais.

O mestre mandou brincar, pois

A vida é alegria, vida que

Não teve os nossos ancestrais.

Os que saudade que tenho

Da juventude tão bela,

Recordar quão doce era

Acordar numa manhã,

Assistir TV globinho e ganhar beijo da mamã.

Que manhãs inesquecíveis

que afável minha infância era,

Mas a cada primavera,

Perde-se sua beleza.

As bobagens de agora,

Não recordam minha aurora,

Não é terno o alvorecer.

Crianças intelectuais,

Brincadeiras não se tem mais,

Perdeu-se o brilho da flor,

Tudo é passageiro,

E de janeiro a janeiro,

Diminui-se o fulgor.

OBS: Poesia feita para atividade pontuada, no intuito de desenvolver um poema que houvesse intertextualidade.

Raíne Gomes
Enviado por Raíne Gomes em 24/09/2017
Código do texto: T6123881
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