Lua mansa tinha olhos verdes.
Um sonho, um amor, uma vida.
Desenhava flores no chão.
 
Dedilhava palavras no papel,
Como soletrasse
A música do céu.
 
Pouco sabia da verdade
Nua e crua da sociedade,
Vestia-se de papel.
 
Uma luz, um quarto,
Um pedaço torto
Da realidade.
 
Clara pele, pouca lucidez,
Talvez o pólen
Da insensatez.
 
A voz suave tom,
Som entre paredes mudas.
 
Poucas vezes se importando
Se existe ou mundo ou não,
Na cela sala escura,
Clausura de quem escolhe a solidão.
 
Mário Sérgio de Souza Andrade – 24/09/2017
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 24/09/2017
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