Cidade-noite

Cidade morta-viva
em enorme dormida,
de arranha-céus frios todos,
cai encima da tal lua...

A noite é essa contumaz
convidada que não
pede passagem, só
adivinha nosso anseio...

Tranquilamente passa
por entre os dedos como
areia de uma praia longe,
perdida à madrugada...

Por mais que trafeguemos
pelas suas vielas dessas
arquiteturas podres,
não saberemos nunca...

Cidade, uma suntuosa
cadeia de ouro bem puro,
a que não se desprende
dessa função de zeitgeist...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 23/09/2017
Reeditado em 23/09/2017
Código do texto: T6122878
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.