Universo particular
O insignificante é extraordinário.
Uma rosa é insignificante, sua cor é insignificante, mas se parar pra pensar, no universo que existe na insignificância de uma rosa, é insignificantemente grandioso.
Eu vejo a cor da rosa por meio da luz que vem do Sol, atravessando o vácuo a milhares de quilômetros.
Com seu espectro eletromagnético a faz refletir o que tem e absorver o que não tem e a luz que atravessou o espaço para chegar na rosa é refletida para meus olhos que a transforma em mensagem que meu cérebro decodifica em imagem.
Eu enxergo o que meus olhos podem ver, mas faço parte de algo muito maior que eles não podem enxergar.
Do micro ao macro tudo é insignificante em relação ao todo.
No entanto, cada universo particular de matéria insignificante tem sua significância em si próprio.
Eu não vejo o infinito, o horizonte é uma ilusão, mas, por eu não ver o fim, me torno centro do universo que pertence a mim.
Das conexões de sinapses aos desejos e desvarios da mente se tornam significantes dentro de vários universos insignificantes.
Então percebo quão desnecessário faço das coisas insignificantes significantes.
Tudo é insignificante por si só,
não vemos as coisas como elas são, mas como somos ou achamos que somos.
Meu universo da significância às coisas, cabe a mim significar o peso das circunstâncias.