Universo particular

O insignificante é extraordinário.

Uma rosa é insignificante, sua cor é insignificante, mas se parar pra pensar, no universo que existe na insignificância de uma rosa, é insignificantemente grandioso.

Eu vejo a cor da rosa por meio da luz que vem do Sol, atravessando o vácuo a milhares de quilômetros.

Com seu espectro eletromagnético a faz refletir o que tem e absorver o que não tem e a luz que atravessou o espaço para chegar na rosa é refletida para meus olhos que a transforma em mensagem que meu cérebro decodifica em imagem.

Eu enxergo o que meus olhos podem ver, mas faço parte de algo muito maior que eles não podem enxergar.

Do micro ao macro tudo é insignificante em relação ao todo.

No entanto, cada universo particular de matéria insignificante tem sua significância em si próprio.

Eu não vejo o infinito, o horizonte é uma ilusão, mas, por eu não ver o fim, me torno centro do universo que pertence a mim.

Das conexões de sinapses aos desejos e desvarios da mente se tornam significantes dentro de vários universos insignificantes.

Então percebo quão desnecessário faço das coisas insignificantes significantes.

Tudo é insignificante por si só,

não vemos as coisas como elas são, mas como somos ou achamos que somos.

Meu universo da significância às coisas, cabe a mim significar o peso das circunstâncias.

Edgar de Azevedo
Enviado por Edgar de Azevedo em 23/09/2017
Código do texto: T6122769
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