PRINCIPIANTE I
Porta abriu, viu a lua.
Sorriu em suspense, verdade nua.
Estava sem chão, instigante e frio
Vislumbrou uma fresta, sentiu o som do fio.
Tocou a lua com o olhar vibrante
Não havia certeza, era principiante.
Como em nostalgia, rogou ser importante
Queria um sorriso, que fosse inquietante.
Como fim de festa, cansou de presença
Saiu em silencio, sem consistência.
Como flor no ar ou desenho colorido
Tocou seus passos no jardim florido.
Pensou em partir antes do sol despertar
Quem sabe faria um novo caminhar.
Mais que seguir, queria marcar
Sorriu fracamente, o horizonte a brilhar.