Samambaia

Uma samambaia

ocupava um vaso,

no alto, displicente,

mas não com descaso

despejava melenas

escondia,tão diligente,

a chave da porta da frente,

parecia uma menina,

a fedelha,

sem cuidados com as guedelhas,

decorava a parede

não só um ornato,

era um segredo,

não contava a estranhos,

o Abra-te Sésamo

de como abrir a porta

mas os cordões,

pendurados em rebanho,

aquela frágil sentinela,

não conseguia guardar a janela

só gelosia, sem chave,

não plantou samambaia,

não servia de entrave

pois não tinha tramelas

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 22/09/2017
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