Samambaia
Uma samambaia
ocupava um vaso,
no alto, displicente,
mas não com descaso
despejava melenas
escondia,tão diligente,
a chave da porta da frente,
parecia uma menina,
a fedelha,
sem cuidados com as guedelhas,
decorava a parede
não só um ornato,
era um segredo,
não contava a estranhos,
o Abra-te Sésamo
de como abrir a porta
mas os cordões,
pendurados em rebanho,
aquela frágil sentinela,
não conseguia guardar a janela
só gelosia, sem chave,
não plantou samambaia,
não servia de entrave
pois não tinha tramelas