ANA HELENA (in: Goiânia Post-Mortem)
Ana Helena!
Filha que nunca tive
E nunca terei,
Pois foste retirada drasticamente dos Planos Universais.
Já não mais poderei chamar-te minha filha
E embalar-te em meus braços,
Ver-te correr por entre os buritis do Bosque
Nem chamar-te pelo nome de tua mãe,
Já que ela sequer foi minha esposa.
Perdoa-me por não ter-te trazido à existência:
É por minha fraqueza
E pela maldade maternal
Que não existes...
Mas ainda assim,
Ana Helena,
Filha minha,
Eu te amo!