Lá no fim da rua

Minha rua não tem fim,

como os diamantes,

ou dor de mãe...

que perdeu um filho,

minha rua...

iniciava uma subida,

para depois...

rolar longa descida,

como um arco íris,

talvez lá no fim...

tivesse uma arca,

com tesouro,

mas não...

minha rua não tem fim,

não sei se eu mentia,

ou se era verdade...

para mim;

tinha muito mais

depois da farmácia,

não acabava na padaria,

tinha igrejas...

para todas as fés,

um acupunturista,

tinha doutor,

tinha dentista,

tinha cachorro de rua,

tinha cantor de rua,

tinha pastel de rua,

tudo...

numa rua sem fim,

mas levantaram

um centro comercial

com luzes de neon

vendia brinquedos,

roupas e batom;

e tudo que era mentira,

e tudo que era infinito,

com o centro comercial...

chegou o ponto final

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 20/09/2017
Reeditado em 20/09/2017
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