PONTO DE ENCONTRO.
O tempo me invadi,
sou água do rio que
penetra o mar,
sou um tanto invigilante
ando nas pernas propostas
do agora,
vivo dos instantes,
instantes disso,
instantes daquilo,
me saturo de ser a cara
cuspida do momento,
sou nuvem revolta
que se desfaz,
deixando o céu que me
habita
pontuado de estrelas,
sou o inicio da primavera,
levanto com um sorriso
e a seguir várias outros
florescem meu dia,
tenho minha parte museu
onde deposito meu passado,
e tenho meu agora, este
painel visitável,
debato comigo e venço
o pior de mim,
sinto que vou me tornando
água de mina,
a vida é um filtro que
purifica almas,
por ele vou-me depurando
até o dia do voo final,
onde batemos asas para
outras estações,
o ponto de encontro de
outras levezas.