PONTO DE ENCONTRO.

O tempo me invadi,

sou água do rio que

penetra o mar,

sou um tanto invigilante

ando nas pernas propostas

do agora,

vivo dos instantes,

instantes disso,

instantes daquilo,

me saturo de ser a cara

cuspida do momento,

sou nuvem revolta

que se desfaz,

deixando o céu que me

habita

pontuado de estrelas,

sou o inicio da primavera,

levanto com um sorriso

e a seguir várias outros

florescem meu dia,

tenho minha parte museu

onde deposito meu passado,

e tenho meu agora, este

painel visitável,

debato comigo e venço

o pior de mim,

sinto que vou me tornando

água de mina,

a vida é um filtro que

purifica almas,

por ele vou-me depurando

até o dia do voo final,

onde batemos asas para

outras estações,

o ponto de encontro de

outras levezas.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 19/09/2017
Reeditado em 20/09/2017
Código do texto: T6119110
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