AMARGA COLHEITA

AMARGA COLHEITA

Somem os nossos amores verdadeiros

Como some a bela ave bem-te-vi

E as matas estão secas e queimam...

As prostitutas de vestem de verde

Só querem ser férteis, mas abortam,

Trazem na mão uma vela branca acesa,

Símbolo de um Deus a muito esquecido...

De manhã temos a alegria da fumaça,

Os carros buzinando por bobeira

E a nossa paciência vai se esgotando...

A psicóloga em casa espanca o filho,

Grita com o seu filho já atrasado,

Cobra uma postura cristão do filho,

Buzinando e xingando outras pessoas

E no espelho retrovisor um terço...

Não escutamos a beleza dos sons,

Deixamos de sonhar sob as estrelas

E secamos como múmias egípcias...

Nos carros o alto som mostra mau gosto,

Será que isso mostra aculturamento

Ou só mostra uma sociedade em podre?

Há tanto veneno na nossa vida,

O ar é poluído, cadê as abelhas?

Já não há mais beleza em sobreviver,

Os humanos e o seu plantio de espinhos,

Queremos colher belezas, mas de onde?

Se matarmos tudo e tudo possuímos,

A natureza um dia nos dará o troco,

Prostitutas sociais cairão nas ruas,

Os políticos só serão enforcados,

O planalto se afundara no lixo,

Os ladrões perderam pelas suas mãos

E o reino dos céus se fara na Terra...

O Brasil será o celeiro do mundo,

Muitos morrerão, muitos nasceram.

Seremos prósperos, pois não roubamos,

Seremos ricos saberemos dividir,

Mas enquanto o nosso Brasil não acorda,

Resta somente ver os ratos na mesa do banquete...

André Zanarella 19-02-2017

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 19/09/2017
Reeditado em 25/09/2017
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