NOS OMBROS DA VIDA
(A Nelson Rodrigues)
Na corrida pelo escuro,
Pelo frio no excluso,
Se chega a incógnita,
Pelo bum de forma insólita.
O coração dispara,
Cortante que nem navalha,
A boca estremece,
Ao beijo que lhe compete.
A vida explode,
Porque se morre.
A vida desliza,
Porque se vive.
Neste meio tempo,
Sobrevivo aos sentimentos,
Vida que vida!?
Que por si só valida.
Vida triste porque se vive...
Diz o poeta que sobrevive,
Vida que se segue,
Diz o vaganau que lhe agradece.