No fim dói o fim
sempre vi beleza
nas folhas desprendidas do
viço ramados.
pairos
demorosos
suaves -
indecisos em alcançar o chão
- querendo cair
sem pretensão da queda
por isso a dança
no vento
sendo pressuposto
pra procrastinar
a finitude.
prazer de ver
o belo fim das
folhas
se definha
quando percebo
a serenidade
domar a vibração
da vida
(puxão definitivo
da linha)
estendo a mão
pra agarrar
folha dourada
no vento pirueta
escapa
até encontrar
o chão onde
se ajeita
esse não
que dá o fim...
esse não!