Poema do Eremita

Tenho andado farto,

extenuado da humanidade;

por vezes eu penso que não

há salvação para ela.

Todo o mal que dela provém

me causa grande aversão,

cogito deixar longe dela

a minha mente e o meu coração.

Vagarei em busca

de ambientes inóspitos,

quase que intocáveis;

o mais distante possível

de qualquer traço de humanidade.

Se preciso for, morarei entre

feras selvagens, em troca,

contemplarei as mais

belas paisagens.

Me livrarei de toda a futilidade

inerente da humanidade,

andarei em busca da verdade,

alcançarei as mais plena liberdade.

Estarei a salvo do rancor, do ódio,

do falso moralismo.

A salvo das guerras, da ignorância,

da maldade;

descansarei em paz, para sempre,

no ostracismo.

Heverton Ferreira
Enviado por Heverton Ferreira em 18/09/2017
Código do texto: T6118131
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