O passado ficou invisível
O passado ficou invisível
A tênue da confiança e do amor
Embarcou junto ao progenitor
Naquele ônibus carregado de culpa
Tenro e com a inocência em seus bolsos
Aquele jovial garoto
Ficou marcado como um gado em uma fazenda urbana de detritos humanos
Anos à frente
Se submergiu ao consolo das substâncias
Foi de cara, boca e nariz
O que ele privava, era ser inFELIZ
Olhava sempre para o rastro do passado
Dizia ele que o presente era fruto podre do que foi lá trás
Mágoa e rancor eram assinados em suas respostas e atitudes
Um jardim podre de defeitos criados no seu laboratório mental
Culpa era desculpa
Ou desculpa era culpa?
Tanto faz, ele vivia para se entorpecer de ilusões que de brincadeira preenchia a lacuna
A vida não foi boa
Ou ele não foi bom com a vida...
Anos se passaram, vinte um mais especificamente
E aquele fantasma do dia da rodoviária
O que o abandonou
Fora perdoado, a mágoa se desfez
O rancor foi expelido
Voltando para a estaca zero
Jogando fora o ódio, o qual um dia preencheu sua alma
Trocando por um sentimento de amor
Chamando o progenitor de meu pai...
O passado ficou invisível.