EU e DISTOPIA

EU E A DISTOPIA

Neste mundo, onde vivo numa sociedade,

Que impera notoriamente a distopia,

Sofro com a violência da humanidade,

E com o trauma da minha dislexia,

Meus pensamentos, ás vezes destoam,

Quebrando todas as regras da literatura,

E na minha mente imortalizam e reboam,

Como a rigidez de uma ditadura

Melhor seria viver num mundo de utopia,

Cheios de fadas, sonhos e quimeras,

Que viver aprisionado nesta distopia,

Reprimido onde a violência impera.

Num mundo, nesta sociedade em decadência,

Que como um rolo compressor esmaga-me e domina,

Minha mente com alguns neurônios com deficiência,

Mudando completamente minha auto-estima.

Desde a infância brutalmente constrangida,

Por uma sociedade que impera a distopia,

Sem ter um modelo, nenhum paradigma,

Para orientar-me na minha dislexia.

A discriminação sofrida pela intolerância,

A mal fonética, trocas de letras e déficit de atenção,

Por causas neurológicas desconhecida a ignorância,

Custou-me muito a luta pelo desconhecido e a adaptação.

Num mundo desigual de intolerância e distopia,

Vivi descriminação, muitos bolos de palmatória,

Oprimido, reprimido e preso a minha dislexia,

Sem saber o quê e o porquê na minha trajetória.

João Pessoa-PB, 19/08/2017 Francisco Solange Fonseca.

FSFonseca
Enviado por FSFonseca em 16/09/2017
Código do texto: T6115910
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