Não acredite nisso




A quem importa saber aonde estou,
Nem eu mesma quero saber. 
                       Já não sei quem eu sou.
Mas gosto desta desconhecida que está em mim todos os dias.
Houve uma grande mudança nos meus sentidos.
                      Quanto a eles,
Em algum lugar, cantam, falam, ou escrevem.
Ouço, leio o que nada mais me diz, já não me encanto.
Porque agem sem respeito,  sem alma,
Ignoram o silêncio da existência.
Decepcionada, frágil, se esconde a minha alma.
Não sabem, que de nenhum deles preciso, para seguir.
                      A minha alma, vai...
E não quer ficar em lugar nenhum.
Triste, alheia, largada pelas ruas.
Ela que já não espalha nada mais.
                     Ela, que já não alça voos.
Sonhos preguiçosos os seus, vão pela orla marítima.
Estão dentro de mim, se arrastam com as  ondas.
Observo o tempo, e nada dele, não quero ver.
Sobras perdidas sou,  flutuando ao mar.
Sem falas, sem desejos. Nem resto de sonhos desejo ser.
Nada faz sentido, já não amo.
Definitivamente, desconheço hoje o amor, já não sei quem é você.


                                    _  Liduina do Nascimento 






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Enviado por Liduina do Nascimento em 16/09/2017
Código do texto: T6115604
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