RESGUARDANDO A ALMA

Quando

Quiser empenhar sua alma

Não venda a dignidade

Aos assaltantes de sutilezas

Antes guarde o caráter

Das difíceis jornadas

Quando

Da sua inocência

Quiser que prometa a alma

Não profane a castidade

Nem desabroche a sensualidade

Reprima sua inquietação

Quando

Lhe negarem a honestidade

Não recolha sua alma

Nem deite com os devassos

A eles agradam seus desejos

De gemidos e sussurros

Quando

Lhe rirem os decrépitos

Não desabe em ruína

Imunda sua alma de leveza

Gargalhando com alegria

Mergulhando na delicadeza

Quando

Os fantasmas invadirem a imaginação

Não tenha compaixão, são livres

Alados passageiros da inquietação

Abrevia o seu tempo resguardando a alma

Deixando cumpri a última jornada

Quando

Já não houver mais tragédia

Não aceite apenas uma trégua

Inquiete a rendição do opressor

De aceitar a condição

De manter o caráter da alma

Castro Rosas

Castro Rosas
Enviado por Castro Rosas em 15/09/2017
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