Sinônimos, Antônimos e Antônios  

Aposento minhas canetas sobre a escrivaninha,

É bem difícil escrever audácia sem se ser audaz,

Entorpecida, a letra no papel não mais carinha,

O final quente de inverno que a primavera traz.

 

Mesmo na leveza do dia bom faz pesar a alma,

Faz rouco o canto dos últimos pássaros felizes,

O silêncio do entorno que acolhe minha calma,

Faz louco o pensar do poeta, o infarto de crises.

 

Apresento minhas canetas aos meus neurônios,

É digno o ofício de se falar do nada e sem senso,

Esquecer dos sinônimos, antônimos e Antônios,

Das casas decimais, caças bestiais ao que penso.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 15/09/2017
Código do texto: T6114809
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