PHOENIX
Quanto medo há de sentir
na ânsia de se esconder
na escuridão e não se encontrar
Quanto tempo há de perder
na esperança se descobrir
no reflexo e não sonhar
Ainda que ouvisse a canção da liberdade,
não ouvirias a liberdade;
Ainda que visse o desabrochar do vosso desejo,
não comerias teu fruto;
Nem saberias da eterna troca
onde cada dia de vida
nada mais é que uma lição de verdade.
Quanto barulho há de ouvir
no silêncio de se viver
na solidão e não fugir
Quanta loucura há de existir
na experiência de se olhar
no espelho e não se ver
Ainda que ela falasse a língua dos anjos e dos homens,
em nada iria valer, por não haver amor;
Ainda que tivesse as asas dos pássaros,
em nada teria sentido, por não saber voar;
Nem saberias dos motivos do criador da vida
onde o próprio sol
muito mais é que uma tocha para esquentar e iluminar.
Em todo caso apenas diria:
- Eleve-se comigo e comecemos,
Cada manhã é o início de uma nova era...