PHOENIX

Quanto medo há de sentir

na ânsia de se esconder

na escuridão e não se encontrar

Quanto tempo há de perder

na esperança se descobrir

no reflexo e não sonhar

Ainda que ouvisse a canção da liberdade,

não ouvirias a liberdade;

Ainda que visse o desabrochar do vosso desejo,

não comerias teu fruto;

Nem saberias da eterna troca

onde cada dia de vida

nada mais é que uma lição de verdade.

Quanto barulho há de ouvir

no silêncio de se viver

na solidão e não fugir

Quanta loucura há de existir

na experiência de se olhar

no espelho e não se ver

Ainda que ela falasse a língua dos anjos e dos homens,

em nada iria valer, por não haver amor;

Ainda que tivesse as asas dos pássaros,

em nada teria sentido, por não saber voar;

Nem saberias dos motivos do criador da vida

onde o próprio sol

muito mais é que uma tocha para esquentar e iluminar.

Em todo caso apenas diria:

- Eleve-se comigo e comecemos,

Cada manhã é o início de uma nova era...

Sezar Kosta
Enviado por Sezar Kosta em 14/09/2017
Reeditado em 03/02/2024
Código do texto: T6114206
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