MATRIZ
Marcou um dia para sair
Queria o mundo suprir
Na noite que estava a cair.
Desenhou uma flor vermelha
Colocou sobre a orelha
Ouviu quem aconselha.
Queria o ar respirar
Pensava a vida mudar
Queria no tempo tentar.
Qual ação pertencia
Em qual momento faria
Por certo assim seria.
Não houve resposta consciente
Seria muito paciente
Lutar contra o insistente.
Chorou um choro cansado
Estava sem fim, mutilado
A matriz do outro lado.
Ali a flor desenhou
Um belo objeto cunhou
Para a eternidade, deixou.