MATRIZ

Marcou um dia para sair

Queria o mundo suprir

Na noite que estava a cair.

Desenhou uma flor vermelha

Colocou sobre a orelha

Ouviu quem aconselha.

Queria o ar respirar

Pensava a vida mudar

Queria no tempo tentar.

Qual ação pertencia

Em qual momento faria

Por certo assim seria.

Não houve resposta consciente

Seria muito paciente

Lutar contra o insistente.

Chorou um choro cansado

Estava sem fim, mutilado

A matriz do outro lado.

Ali a flor desenhou

Um belo objeto cunhou

Para a eternidade, deixou.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 13/09/2017
Código do texto: T6113416
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