pardieiro

Pardieiro

As passagens bíblicas assustam,

Parece se repetirem a cada ato,

Inútil a sombra das arapucas…

Emergindo a cada desagasto,

Um Caim para cada irmão Abel

Na linha turva das negociatas.

Cobras ofertantes não falta,

Têm todas as maçãs, das doces

Ao gosto forte das amargas…

A estupidez genérica espanta

Ao tato compressões digitadas.

Quem se pode salvar da oferta?

Agora o santo, o que nada sabe,

Volta ao noticiário onde a bíblia

Se repete nos judas de cada fase…

Todos se sentem imunes à esse,

Ensinado temer, não respeitado,

Nesses tempos por “dinheiro”,

Além das sobras e dos retalhos

A força vil desse metal se impõe,

São trinta dinheiros nessa babel.

Desforra-se aqui o mendigo, que,

Em não tendo tanto se contenta

Com as moedas nesse pardieiro.

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 13/09/2017
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