Agosto

Agosto sorriu para mim,

soprava um vento de moinho,

sem cabeça de dinossauro, era trégua de julho,

os agouros se foram

como baforadas dos cachimbos dos índios,

o mico não era meu,

pagam os que enchem os olhos de cobiças,

meus versos cantam com sentimentos

que vertem da mente,

veste uma ossada frágil,

com força de uma leoa, e,

vamos sofrendo, esperançosos

com os tempos de fartura,

irmãos

perdão o mundo está

parado no lamaçal

com bichos repugnantes,

entre senhas, uns cantam,

outros insanos, outros pedintes,

outros esfolham, outros escarneiam,

muitos fogem,

muito cuidado, as escolhas são de inteira

responsabilidade da vontade própria,

viver no arrependimento é uma prisão,

o céu é tão vasto que nunca tem fim.

O amor compensa.

Varenka de Fátima Araújo

Varenka de Fátima
Enviado por Varenka de Fátima em 13/09/2017
Código do texto: T6113241
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