Morada do Amor
Morada do Amor
Me perdi nas curvas do teu chapéu,
me perdi, mas pude vislumbrar o céu.
Te escalei, fui da tua canela ao pulmão,
continuei subindo, mas caí da tua cabeça ao teu garrão.
Doeu um pouquinho, até chorei,
mas novamente subirei e te escalarei.
Só que dessa vez no meio do caminho eu vou parar,
nada contra teu chapéu, mas prefiro ficar onde eu possa morar.
Que tal aqui dentro do teu umbigo,
será que morar aqui, consigo?
Acho que vou acabar outra vez caindo,
melhor procurar outro lugar, continuarei subindo.
Na verdade eu queria mesmo era morar no teu coração,
lá eu sei que segura iria estar.
Mas como vou entrar nele,
se não tem se quer um vão por onde eu possa passar pra entrar?
Melhor me acomodar por aqui no umbigo mesmo,
escutando os barulhinhos da tua barriga que comeu torresmo.
Não é o teu coração, mas é parte sua,
não estarei segura, principalmente quando sua pele ficar toda nua.
No que eu poderei me agarrar para não cair?
Nos teus pêlos, talvez, não posso desistir.
Quero morar em você, seja onde for.
Quero morar em você, mesmo que eu caia, porque você é o meu amor.