SEM PAR
O primeiro poema que li,
Apaixonei- me por ele.
Nunca mais o esqueci.
Suspensos na memória,
Os versos em espanhol...
Que paixão por essa língua
Trouxe-me o amor pela poesia?!
Sangra até hoje na arena,
Igual à dor de um brinco perdido
E o ouro do outro,
com sua pérola inútil na orelha.
Era um poema de la sangre
E ficou solitário e inútil
Dentro de mim,
joia que perdeu o par.
Dalva Molina Mansano.