Infância Interrompida
O que falar diante do olhar
De uma criança
Que só conhece a matança
E tudo ao seu redor
Desmoronar
Pelas explosões
Das bombas
E os tiros de metralhadoras
Que não param de soar.
Não há brilho nos olhos
E as vezes brota
Um sorriso opaco
De quem não tem o direito
Como toda criança normal
De apenas brincar,
Jogando bola na rua
Ou pipas empinar.
Por ter...
A infância interrompida
Porque precisam aprender
A matar.
E muitos são treinados
Sem poder escolher
Ou reclamar
Pois vão ser preparados
Para transformarem
Em meninos bombas
Sem saberem
Por qual ideal estão lutando
E suas vidas
Terão que dar.
Como é triste tudo isso
Que estamos
A contemplar,
Por causa
De homens perversos
Que o poder quer conquistar,
A qualquer custo
Sem a vida valorizar
Nem de sua própria raça,
E de quem os quiser parar,
Nesta guerra sangrenta
Onde o lema
É matar.
Rejane Barros da Silva.