Estação da saudade...
No borralho presa está,
Lembrança passada,
Em adorno secular.
Um sinal, lá da porta de frente,
Ecoa estridente...
Rangendo a madeira carcomida,
Esverdeada - com o tempo.
Chetiram - chetiran - chetiran
Parece um dobrado...
Na quarta-feira de cinzas.
O bonde já não ouço.
A orquestra já não toca.
O borralho: já não fala mais dele.
O silêncio é quebrado...
Pelo velho relógio da matriz,
Que por um triz,
Não emudecera.
O borralho,
O bonde,
Passaram...
Bem perto de mim,
Bem perto daqui,
E, não me dei conta!