MORTE MORRIDA, MORTE MATADA - Poesia Nº 45 do meu 5º livro "Resgate"
A tal morte que é morrida,
É penosa, bem verdade...
E assim, deveras sofrida,
Faz parte da realidade!
Ao morrer disso e daquilo,
Não podes culpar ninguém.
Se o fim foi ou não tranquilo,
Deve-se à sorte também!
A tal morte que é matada,
É muito pior? Quem sabe?
E a sua alma foi condenada,
A um destino que te cabe?
Ah! É tragédia e não nego,
Morrer de forma violenta,
Mas a outros se torna cego
O mal que deles, sedenta!
A tal morte que é morrida,
Nem sempre tão aceitável,
É em parte essa batalha,
Na passagem lamentável.
A morte disso e daquilo
Deixa-te a lacuna triste,
Com provas, sem iludi-lo,
Nesta saudade que insiste!
A tal morte que é matada,
Por deixar-nos mais estigmas,
Sempre é pois, mais comentada,
Em razões dos seus enigmas...
Por quem dívida existia,
E a quem estavas devendo,
É morte sem anistia,
Deste acerto acontecendo!
Morte morrida, ou a morte matada,
Morte matada, ou a morte morrida,
Sentiremos em nós ser golpeada...
E se esvai numa delas, minha vida!
Eduardo Eugênio Batista
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