Autoilusões e vícios.
Autoilusões e vícios.
Ao invés de luz me vesti de escuridão, naquele momento em que me senti perdido no vazio imenso que me atirei na ilusão do meu próprio ser eu inundado de egoísmos.
Seguindo por caminhos tortuosos, eu feri, magoei, maltratei e violentei meu próprio ser eu, desfigurando e dilacerando a própria carne não mais reconhecia no espelho da minha verdade a face abatida do meu olhar profundo ser.
Subjugado aos vícios a que me condenei, atirei pedras aos que me traziam flores.
Proferi palavras malditas aos que apenas me sorriam.
Aos que me estendiam as mãos dei-lhes as costas ignorando o puro gesto de ser solidário, pois julgava ser eu maior que tudo e todos. O senhor supremo da ilusória realidade dos meus próprios erros.
Entregue as minhas inverdades, preso na cela escura dos meus vícios passados ofendi a quem me ofertava o amor.
Calei a voz daqueles que me proferiam a esperança de ser eu produto real de todo negativismo a que impunha em meus pensamentos escuros e perversos.
Quando mergulhado profundamente no abismo negro do meu egoísmo vicioso me vi só, sem esperanças da vida a que meus pensamentos me condenarão seguir.
Então não mais quis estar ali preso numa cela sem grades onde todos me viam definhar meu próprio ser.
Na voz de uma esperança que dizia:
Perdoa a ti mesmo de seus erros e enganos para que possa renascer em tua própria luz.
E quando consciente do ser eu o único responsável pela a realidade que vivo refiz meus caminhos, aprendi a me amar para amar a quem me sorri com alegria.
Aprendi a me perdoar antes de desculpar o outro os seus enganos. Reconhecer em meu próprio eu as imperfeições a que estamos sujeitos e assim respeitar as nossas diferenças e carências, traçando um novo caminho não mais solitário, mas vestido de luz que me mostra novas e infinitas possibilidades do prazer que me faz ser hoje feliz de alma.
Renascido das cinzas refaço meus pensamentos e meu ser retoma sua forma mais plena e verdadeira.
Desprendido das autoilusões me desperto para mais um novo viver e consciente que cabe somente a eu ser um dia de cada vez de luz e paz.
Mauricio claudio
artc