VELHA FOLHA
VELHA FOLHA
Fernando Alberto Salinas Couto
Naquela velha folha amarelada,
onde eu descrevia a minha dor
e escapou entre meus dedos,
sendo pelo forte vento levada,
deixei muitas palavras de amor
e meus mais profundos segredos.
O tempo nunca espera atitudes
e eu sei que, ao invés de escrever,
tomando essa tua sedosa mão,
deveria, enaltecer tuas virtudes,
revelar que já não poderia viver
sem ti, ó dona do meu coração.
Agora, esse mesmo coração arde,
mas também sabe que já é tarde!
RJ – 08/09/17