A ÁGUA

Nessa utopia chamada vida fui um nômade...

Não de lugares, nesse sentido o adjetivo não se encaixa com precisão

Fui um habitante de paisagens inóspitas, fui um viajante da escuridão...

Fui a um extremo e encontrei aconchego em outro

Não existi pra uns e tampouco pra outros...

Colocaram meu nome numa placa acima de um cadafalso por ameaça

Mas não senti medo... vivi numa penumbra que me fez bem

Sou estéril e novo, vivo por instinto e procuro fatos, não vozes.

Sou uma chama, não a água

Jamais a água.

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 07/09/2017
Reeditado em 09/09/2017
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