OS ANJOS DO SENHOR
Quando os anjos do Senhor descerem
Que desçam com pás e pedras.
Não venham com trovões
Nem em meio às nuvens dos céus.
Esqueçam discursos
Que, de gramáticas, estamos cheios.
Venham de botas
Pois que o clima aqui é tempestuoso.
Desçam de cenho bravo
Esqueçam os carneirinhos.
Com asas abertas não entrarão
No reino tenebroso dos homens.
Venham armados de foice
Pois a messe é grande, enorme
E os trabalhadores,
Esses, são pouquíssimos.