Cantinho da solidão
Cantinho da solidão
Um cômodo escuro
Frio e sedento por força vital
Lá se assemelha com um deserto
O qual não há paz...
Uma voz ecoa
Um gemido brando
Temperado com doses de sofrimentos...
Certas horas o uivo vem
Expeli de dentro da alma
Porém, é impronunciável
Ficando no ar aquela interrogação...
A cada vez mais é armazenado
Montões de dores
Agrupados uns ao outros
Formando um litígio
E cada sentimento ordinário
Luta para tomar posse...
Um conflito cotidiano evoca
Todo esse enorme pesadume
Constante na vida do ser solitário
Em meio a sua selva de emoções...
A decadência vem
Misantropo adornado de ódio
Entrajado de execração
Pelas pessoas que nada tem nada a ver
Aquele som, vocifera...
Em seus olhos as lágrimas se avermelham
Tingidas de sangue
Escorrem e caem ao chão
Daquele cárcere que é o seu quarto
Denominado, cantinho da solidão...
Lá jaz uma alma esquecida por si mesmo...