Subaquáticos
O amargo do café
Adocicado pela poesia
Das intensas notas
Profundas
Viscerais
Que ecoam de dentro
para fora
derrama-se como
um desabafo
de sonoridades
silenciadas
expandidas
A força
preenchendo o que
antes era aflito
Como reescrever
o que se escuta?
Feito água derramada no rio
unindo-se a correnteza
que vai e vira leveza
Que voa
Que baila e rodopia
E segue
as águas
levando as folhas,
os galhos e as dores.
Peixes que se embalam
em sons subaquáticos
daquilo que vem
e que sempre vai...
... feito vento inspirado!