VENTOS  DE ANTES, TEMPOS DEPOIS...
 
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Ventos que rugem à noite
Látegos ferozes... açoites
Rasgando-me a pele fragilizada.
Mares de ondas  bravias
Levam ilusões vadias
De minha alma cansada.
Longe, em páramos desconhecidos
Deve haver sonhos remidos
Renascendo onde se abortaram.
Que venham carregados de alento
Trazidos pelos mesmos ventos
Que de mim te roubaram.
 
Ventos que sopram distantes,
Dos meus espaços inconstantes,
já não me rasgam a pele ferida.
Em  mares de ondas  quebradas
Não jazem ilusões  amortalhadas
Da alma dormente e amortecida.
Tão perto estavam os meus sonhares,
Desejos remidos  de seus pesares,
Renascidos  em novas paragens,
Vieram vazios de alento
Nas asas dos mesmos ventos,
Agora, em diferentes paisagens.
                          Mas...
Se a  ti  me roubaram um dia,
Os ventos sequer se  lembraram,
Que contigo se foi  a poesia!


 
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 Najet, Agosto de 2017.
 
Najet Cury
Enviado por Najet Cury em 04/09/2017
Reeditado em 04/09/2017
Código do texto: T6104670
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