INSULTO.
Eu insulto os cães
que rondam Brasilia,
chamo-os de imorais,
homens merdas,
burgueses e burguesas,
homens nada de nada,
que semeiam espinhos
nas estradas,
para o proletariado passar,
insulto-os, insulto-os,
até o próximo carnaval,
peso minhas mãos num
ato simples,
o ato que me resta,
o ato de votar ou
não votar.