(DES)ENGANADO
(DES)ENGANADO
Dia após dia
Noite após noite
O polígono seca
No trapézio que vai e vem
No balançar sem rede
No circo dos horrores
Onde não há flores
Chuva, só de merda
Espalhando-se via planalto
Chegando a planície
Desaguando nas praias
Esgotando a céu aberto
O pouco de vida que resta
Que não presta
Que não recicla
Não reutiliza
Só reduz
A estada onde não se quer estar
Não há fuga
Não há caminho
Tudo morre num escaninho
Onde a serial pergunta é
Posso não lhe ajudar?
Onde dói?
Aqui?
Isso não é nada
É só inconsciência
Latente
Que bate na cabeça
De quem pensa viver